Ontem senti
Dois poetas cambaleando
Pelo Caminho
Cada um fez seu pacto
Com o pirata
Seus corpos
Dançavam como folhas
(sabe aquelas folhas
Que largam de suas arvores e
Dançam, dançam, dançam...
Dançam até cair?)
Pareciam duas crianças
Donas de si
Dois seres
Fora de si
Fugindo dali
Dois amantes
Loucos
Mas absolutamente devotos
Acredite!
DEVOTOS
Pois seguiam
Como quem segue sua sombra
O que seu deus dizia
Sabiam
Que o curso do verdadeiro amor
Não era sereno
Não é sereno
Nunca foi
Nunca será
Balançavam
Como se seus corpos
Não fossem seus
Sentiam umbigo
Montanha
Dedos
Língua
Agonizavam
Não aguentavam
Sequer
Suas pernas
Seus olhos
Bocas
Orelhas
Ou outra dor qualquer
Gritavam no silêncio
(na caverna!)
(os Bêbados gritam!)
Entorpecidos, embriagados
Devassos poetas
Devotos, sagrados
Gozavam enquanto morriam
Viviam
Amavam
Amavam
Amavam
E depois
Como bêbados
Como amantes
E poetas
Morriam!
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
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