sexta-feira, 4 de junho de 2010

Eu queria ser Alice
Andar por aí e de repente
Cair.
Queria escorregar por um túnel
E chegar a outro mundo
(meu antigo mundo)
Só não ser.
Queria ficar em silêncio
Ouvir apenas o vento
E sonhar.
Mas abriram meu túnel
E agora, trago comigo
Todos os males do mundo.
Meu outro eu
Ficou lá
Fiz questão de fechar a caixa
Não vou deixá-lo escapar.
Ele vai viver por mim
Ele ainda pode amar.
Um dia, talvez,
Eu abra a caixa
E me aconchegue por lá
Assim
Em paz.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

02-01-09
Passou tão depressa aquela noite. Madrugada rara, clara.
Pela primeira vez pude acreditar. Não era sonho. Estava ali
Sim
Estava ali deitada ao seu lado, amor.
Aos poucos a claridade da lua foi substituída pelos raios de sol que penetravam pela janela do quarto
Você despertou de um sono fraco. E eu, ah. Eu ao menos dormi.
Como?
Seriamos mesmo nós?
Sim
Acredite!
Bom dia amor!
Aquela cama nos sugava
Prendia
tomava para si nossa paixão que transbordava.
E ali nos abraçamos
nos beijamos
nossos poros já choravam
Fizemos amor
Deitada em seu peito
na paz (era felicidade?)
ouvia a doce melodia
que parecia
em tão poucas palavras
encenar o que acontecia
Vivíamos
(não era, amor?)
Sim, vivíamos.
Mas parecia que nossas vidas estavam cercadas
Por espinhos
Tochas
E
De repente
Aquilo ia apagando
Afastando-se
Voltávamos e no mais profundo olhar
dizíamos ADEUS
E aos poucos eu percebia...
(Que pena, amor..)
Realmente
Era apenas um sonho