sábado, 5 de dezembro de 2009
Ainda lembro daquela tarde de outubro
Daquela ânsia
Imensa
De
con
Sumir
O que estava ao meu redor
Ele estava lá
Sugava-me
Com aquele olhar de homem-bicho
(homenino)
Que se confundia no emaranhado do desejo
Fitava-me como se pudesse tomar toda minha força
Minha coragem de (menina)
Sereia
Ou (pequena)
Esfinge
Parecia ter em seus olhos uma verdade escondida
De magoas
Dor
E aos poucos ia se revelando
Vimos aquele céu de primavera
Tomado pelo cinza
(ar pesado)
E ali
Eu sentia medo
Muito medo
Medo de absorver tudo aquilo
Medo de ter que enfrentar o mundo se decidisse tomar aquilo
Mesmo assim continuei ali
Calada
Imóvel
Apenas observando e ouvindo
Todo nosso silêncio que começava a gritar
sábado, 28 de novembro de 2009
espetáculo
(lagarta)
Ela pensou que fosse
Mas não viu o que ainda não era
O que estava
Ainda
Não
[satis
Fazia
Seus desejos
Resolveu então inventar
Imaginou uma cortina
Um palco
E ali
Jogou seus medos
Anseios
Mais profundos segredos
Separou coisas boas das ruins
No principio
Idealizou o que (ha)via de belo
(semi-perfeito)
E decidiu melhorar
Moldou
Organizou
Lapidou
Toda sua “obra-primeira”
E por fim
Moldurou
E ali
Naquele palco
Abriu as cortinas
Lançando sua moldura ao centro
Depois
Resolveu conter o que abalava o (dês)equilíbrio de sua “moldura-filha”
Supôs uma caverna
Bem ao fundo do palco
Onde jogou os seres que incomodavam
E
Mesmo assim
Ela ainda não estava satisfeita
Precisava de algo a mais
Algo que pudesse suprir seus sonhos
(não sei como, mas ela sonhava)
Quebrar seus limites
Logo
Criou um BICHO-HOMEM
Um tanto dragão
Um tanto lagarto
Que carregava um peso de (falta)vida inacabada
Mas trazia em seus olhos pingos de luz que refletia na pequena moldura como imensos raios de sol
A essa mistura de seres
(não era mau, mas também não era tão bom)
Deu o nome de AMOR
E ao lado da moldura ficou
Não satisfeita
Cobrava algo a mais
Foi quando criou uma barreira
Uma parede entre moldura e amor
Que interrompia os pingos de luz
Transformados em raios de sol
E a falta do que não era bom, mas também não era mau, machucou a moldura
(casulo)
Ela estava vendo o fim do que tinha imaginado
Não via luz
E a caverna foi aproximando-se
Os seres (demônios) saíram e engoliam os sonhos da moldura, agora encarcerada, e sugavam os prazeres do amor, agora debilitado
Revelavam os segredos
Limitavam os desejos
Cobriam
Com um tapete de amargura
De frieza
Todos os sonhos daquele palco
E
A “criadora”
Imaginou
Num sufocante arrepio
Que foi
Martirizando
Massacrando
Agonizando
O movimento
Vagaroso e limitado
Daquelas cortinas
Que como um imã
Atraiam-se
Pondo fim a toda aquela vertigem
(criatura)
Até que a morte
Ultima criação
Pôs fim ao espetáculo
Fechou as cortinas
(linda borboleta)
E Ela
Rompeu seu casulo
Libertou-se
E
Voou.
Ela pensou que fosse
Mas não viu o que ainda não era
O que estava
Ainda
Não
[satis
Fazia
Seus desejos
Resolveu então inventar
Imaginou uma cortina
Um palco
E ali
Jogou seus medos
Anseios
Mais profundos segredos
Separou coisas boas das ruins
No principio
Idealizou o que (ha)via de belo
(semi-perfeito)
E decidiu melhorar
Moldou
Organizou
Lapidou
Toda sua “obra-primeira”
E por fim
Moldurou
E ali
Naquele palco
Abriu as cortinas
Lançando sua moldura ao centro
Depois
Resolveu conter o que abalava o (dês)equilíbrio de sua “moldura-filha”
Supôs uma caverna
Bem ao fundo do palco
Onde jogou os seres que incomodavam
E
Mesmo assim
Ela ainda não estava satisfeita
Precisava de algo a mais
Algo que pudesse suprir seus sonhos
(não sei como, mas ela sonhava)
Quebrar seus limites
Logo
Criou um BICHO-HOMEM
Um tanto dragão
Um tanto lagarto
Que carregava um peso de (falta)vida inacabada
Mas trazia em seus olhos pingos de luz que refletia na pequena moldura como imensos raios de sol
A essa mistura de seres
(não era mau, mas também não era tão bom)
Deu o nome de AMOR
E ao lado da moldura ficou
Não satisfeita
Cobrava algo a mais
Foi quando criou uma barreira
Uma parede entre moldura e amor
Que interrompia os pingos de luz
Transformados em raios de sol
E a falta do que não era bom, mas também não era mau, machucou a moldura
(casulo)
Ela estava vendo o fim do que tinha imaginado
Não via luz
E a caverna foi aproximando-se
Os seres (demônios) saíram e engoliam os sonhos da moldura, agora encarcerada, e sugavam os prazeres do amor, agora debilitado
Revelavam os segredos
Limitavam os desejos
Cobriam
Com um tapete de amargura
De frieza
Todos os sonhos daquele palco
E
A “criadora”
Imaginou
Num sufocante arrepio
Que foi
Martirizando
Massacrando
Agonizando
O movimento
Vagaroso e limitado
Daquelas cortinas
Que como um imã
Atraiam-se
Pondo fim a toda aquela vertigem
(criatura)
Até que a morte
Ultima criação
Pôs fim ao espetáculo
Fechou as cortinas
(linda borboleta)
E Ela
Rompeu seu casulo
Libertou-se
E
Voou.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Poeta Carlos Moreira lança sua Tetralogia do Nada
O poeta Carlos Moreira lança sua Tetralogia do Nada dia 28 de novembro, em Porto Velho, Rondônia.
Onde: Casa de Cultura Ivan Marrocos
Quando: 28 de novembro, às 19 horas
A poesia de Carlos Moreira sempre dialogou com o silêncio: se as palavras servem para esconder, o essencial está no não-dito, no interdito: poesia enquanto síntese, linguagem carregada de sentido em seu quase-nada: aquilo que se pensa não é aquilo que se escreve que não é aquilo que o leitor-autor entende: comunicação enquanto re-in-versão, invenção. Tetralogia do Nada reúne livros que, dentro da obra do poeta, tocam a questão do silêncio: Evangelho Segundo Ninguém, Trilogia do Vazio, Não e Nada. Carlos Moreira nasceu em 1974 e alguns acreditam que ainda esteja vivo.
desculpe
farpas
e espinhos
é que nasci
sem pele
e vou me
cobrindo
com o que
pelo caminho
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
I Semana Acadêmica de Filosofia de Rondônia
O Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Rondônia em parceria com o Departamento de Filosofia da Faculdade Católica de Rondônia promovem de 16 à 21 de Novembro a I Semana Acadêmica de Filosofia de Rondônia em comemoração ao Dia Internacional da Filosofia (15/11).A programação da I Semana Acadêmica de Filosofia de Rondônia é:
16/11: Palestra: “O personalismo como um sistema filosófico”, com Prof Dr José Dettoni (19h às 20h30);
17/11: Palestra: “Epistemologia Genética”, com Prof Ms Vicente Eduardo Ribeiro Marçal (19h às 20h30);
18/11: Palestra: “A Filosofia da Educação em Foucault”, Prof Ms Fernando Danner (19h às 20h30);
19/11: Palestra: “Análise do Discurso”, com a Profª Ms Helena Zoraide Pelacani (19h às 20h30);
20/11: Palestra: “O Discurso Bioético Acerca da Loucura”, com Prof Ms Josenir Lopes Dettoni (19h às 20h30);
21/11: “Chá Filosófico” (13h30 às 15h30):
– Mediadores: Prof Raimundo Martins e Prof Dr Fabio Hecktheuer;
– Pe Ms Valdecir Luiz Cordeiro: Filosofia Cristã nas Cartas de São Paulo;
– José Carlos Vitachi: Considerações sobre Fides et Ratio (João Paulo II);
– Prof Raimundo José: Comentário sobre o Pensamento de Agostinho;
– Prof Ms Francisco Estácio: Tomás de Aquino e a Escolástica.
Observação: Todas as noites, após as palestras (21h), haverá defesa de Artigo Científico até as 22h30, de alunos da Faculdade Católica de Rondônia dos cursos de Pós-Graduação e da Graduação em Filosofia.
LOCAL: Auditório da Faculdade Católica de Rondônia (Centro de Pastoral), Rua Carlos Gomes, 932.
MAIS INFORMAÇÕES:
Faculdade Católica de Rondônia: (69) 3211-4505 / fcrcatolica@gmail.com
UNIR – DFIL: dfil@unir.br (Prof Vicente Marçal).
– Com Certificação de 30 horas/aulas: 10,00 reais (dez reais).
– Sem certificação: gratuito.
– Inscrições na Faculdade Católica de Rondônia; também poderão ser realizadas no local das 18h às 19h.
sábado, 14 de novembro de 2009
Falaram-me do amor
(todos os tipos de amor)
Falaram-me da confiança
Da sabedoria
Da cumplicidade
Declararam ser a verdade
O que todos (cegamente ) acreditavam
Ousaram me manipular
Impuseram-me a fidelidade
A momentânea felicidade
A doce utopia de viver
Gritaram
Berraram
Vociferaram
E apenas a solidão
Calmamente
Na sua vagarosa melodia
Pode dizer
O meu Silêncio
(todos os tipos de amor)
Falaram-me da confiança
Da sabedoria
Da cumplicidade
Declararam ser a verdade
O que todos (cegamente ) acreditavam
Ousaram me manipular
Impuseram-me a fidelidade
A momentânea felicidade
A doce utopia de viver
Gritaram
Berraram
Vociferaram
E apenas a solidão
Calmamente
Na sua vagarosa melodia
Pode dizer
O meu Silêncio
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